Eu nunca tinha ouvido falar de Giverny. Mas minha amiga indicou quando pedi dicas para a viagem e também logo vi no Spicy Vanilla, o blog de viagem da Cinthia Ferreira. Para quem também não sabe, Giverny é o vilarejo onde Monet construiu sua casa, plantou seu jardim japonês e se inspirou para pintar muitos quadros. E este lugar virou a Fondation Claude Monet!

O PERRENGUE PARA COMPRAR O BILHETE | Giverny fica fora de Paris e é preciso pegar um trem para chegar lá. Deixamos para comprar o bilhete na própria estação, no dia anterior ao passeio, para não termos que pagar com cartão de crédito pela internet. A estação é a Gare Saint-Lazare (que apareceu nas Dicas de compras em Paris e détaxe), a segunda mais movimentada da cidade. Depois de um sobe e desce de escadas, finalmente achamos um toten, mas não encontramos a opção para Giverny nele. Um moço tentou ajudar, mas nem sabia o que era Giverny e quase nos fez comprar o bilhete errado! Depois de um tempo, achamos o toten certo (é o SNCF e fica no andar térreo). Colocamos diversas informações, escolhemos horário de ida e volta, tipo de bilhete... E aí descobrimos que só aceitava cartão de crédito! E não estávamos com ele! Pensamos em comprar no guichê mas tinha fila e nem sabíamos se aceitaria dinheiro, então fomos embora e minha irmã comprou aqui pelo site.

INDO PARA GIVERNY | Na manhã seguinte, fomos de novo para a Gare Saint-Lazare. Não nos perdemos e até chegamos cedo. Achei curioso que não precisa passar/entregar o bilhete, é só entrar no trem. É claro que se um guarda te pegar sem ele no trem é multa na certa. Ninguém pediu o nosso (nem na ida nem na volta)! Fomos para Vernon-Giverny às 8h19 para não pegarmos o museu tão cheio. A viagem demora 47min e chegando lá pegamos um ônibus (10€ ida e volta) que vai da estação de Vernon para o vilarejo de Giverny em 10min. O ônibus pára em um estacionamento, a uns 10min de caminhada da fundação. Todos seguiram os que saíram primeiro e eles erraram o caminho haha! Mas logo percebemos e achamos o caminho certo.


A FUNDAÇÃO | Engloba a casa e os jardins de Monet. O ingresso custa 9,50 € e a fila foi rapidinha (estava bem maior quando saímos, na hora do almoço). Eu queria seguir o conselho da Cinthia de visitar os jardins primeiro para aproveitá-lo mais vazio. Mas o dia estava super nublado e minha irmã quis começar pela casa, para dar um tempo para o sol dar as caras.


A casa é bem pequena, então não dá para entrar muita gente de uma vez. Porém, não pegamos nenhuma fila e em 15min já tínhamos conhecido os dois quartos, a sala dos quadros, a sala de jantar (100% amarela) e a cozinha (100% azul).


Mas é a área externa a estrela do passeio. Mesmo se você não entende de arte e não conhece o trabalho de Monet. A arte da natureza encanta a todos! É uma flor mais linda que a outra. Uma paisagem mais charmosa que a próxima. Isso porque não fomos na primavera! Confesso que Giverny foi o maior motivo para eu ter comprado a câmera haha. E, apesar de eu só ter usado no automático, não me decepcionei. Clique nas fotos para aumentá-las!


Começamos pelo jardim em frente à casa, Les Clos Normand, onde há dezenas de flores de cair o queixo. Depois passamos por uma passagem subterrânea para chegar no lado do Le Jardin d'Eau, onde tem uma vegetação mais verde e mais alta com bambus e salgueiro-chorões. É lá que fica a ponte japonesa e o lago das famosas Nymphéas de Monet!


 O VILAREJO | Depois que saímos da fundação, minha irmã quis ir ao Musée des Impressionnismes (7,50 €) para aproveitar o ar-condicionado (sim, o sol saiu e saiu forte no final da manhã). Mas já tínhamos visto quadros de lá em museus de Paris, então acabamos passando apenas o jardim (que também é lindo) para depois dar uma volta pelo vilarejo e almoçar com calma.


Que lugar mais charmoso! Dá vontade de morar lá (por 3 dias, mais deve ser um tédio total hahaha)! Ruelas, casas com trepadeiras e mais flores pelo caminho. Almoçamos uma galette (vou mostrar no post de comidinhas) mas não foi tão tranquilo porque as abelhas ficaram nos atazanando! Voltamos calmamente para o estacionamento (e nos perdemos no caminho haha) e o ônibus já estava lá. Quase desmaiamos de calor esperando os outros passageiros, mas felizmente o motorista ligou o ar depois de um tempo e ainda saiu antes do horário. Tanto que tivemos que esperar um bom tempo pelo trem, que sairia às 14h53.


Tínhamos ficado na dúvida se comprávamos a passagem seguinte, mas este horário foi suficiente. E ainda voltamos a tempo de subir na Torre Eiffel (contei sobre este passeio aqui)! Se você fizer questão de ter uma foto sua sem turistas na ponte, quiser visitar o Musée des Impressionnismes e/ou conhecer todas as ruelas de Giverny, o trem seguinte para voltar é às 17h51.


Se tiverem tempo, façam este passeio!! Foi o meu preferido da viagem ♡