O que eu assisti, comi e li em Março

6.4.20


Março começou com uma virose para mim (que nunca tinha tido virose!) e para a minha família. Não, não foi coronavírus. Nesta época eu nem imaginava que ele chegaria aqui, ainda era uma coisa "lá do outro lado do mundo". Algumas semanas passaram e ele chegou, transformando nossa quaresma em quarentena, nosso dia-a-dia em roteiro de filme hollywoodiano. E nosso desejo agora é que ele termine com um "e eles viveram felizes para sempre" como nos filmes da Disney.


ASSISTI ao filme O Escândalo, que concorreu ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Charlize Theron), coadjuvante (Margot Robbie) e maquiagem e cabelo. É realmente incrível a transformação de Charlize para se parecer com a jornalista americana Megyn Kelly. Pena que o ritmo do roteiro tirou um pouco do impacto que a história real da denúncia de assédio sexual contra o presidente da Fox News (feita pela apresentadora Gretchen Carlson, interpretada por Nicole Kidman) deveria ter.


Eu tinha visto o trailer de Entre Realidades e achado que deveria ser um suspense psicológico bem interessante. Errei. O começo é ok, o meio é estranho e o fim parece o meio. Pela resenha do @cinemacomcritica (que deu quatro estrelas), "a chave para entender está na habilidade de perceber os subtítulos contidos nos diálogos". Hum, acho que não os percebi.


A vida e a história de Madam CJ Walker tinha tudo (inclusive Octavia Spencer) para ser uma das melhores minisséries do ano. São quatro episódios de 45min baseados na história real da primeira mulher a se tornar milionária por conta própria. Detalhe, uma mulher negra. Outro detalhe, fez fortuna com uma linha de produtos específica para o cabelo da mulher negra. Gostei do uso de músicas atuais para animar, mas achei nada a ver o ringue de box e os números musicais. Também achei que a relação dela com o marido e a filha não foram bem explorados, as tretas acabavam com um estalar de dedos. Por último, não curti a inclusão de uma vilã fictícia (Addie Monroe) baseada em uma personagem real que nem vilã era. Mas vale assistir!


A Casa foi uma indicação do Hugo Gloss! Ele escreveu que tinha um quê de Parasita. E tem. Mas uma versão espanhola e esdrúxula de Parasita. Mesmo assim um bom entretenimento para a quarentena! Ah, e o sangue acima é o único do filme!

COMI mais um nhoque super saboroso (já tinha comido um em Fevereiro) em um restaurante novo para mim. Il Pastaio é uma rotisserie com algumas mesinhas para servir almoço. Escolhi um prato do dia, que era o nhoque de abóbora cabotiá, com molho de gorgonzola e tomate. O prato é bem servido, mas eu, para surpresa de ninguém, dei conta do recado! Acabei de descobrir que o Caffè Ristoro (no jardim da Casa das Rosas) é do mesmo dono, e as comidas são da rotisserie! Preciso conhecer.


Le Pain Quotidien está longe de ser novidade por aqui, mas, não só comi um prato novo do cardápio deles, como foi meu último passeio antes da quarentena. Tinha ido uns dias antes aproveitar uma promo (eu e as promos rs) da salada Ceaser e acabei descobrindo que eles estavam com uma salada nova, de cabotiá assada e gorgonzola (a versão saudável do nhoque acima haha). Aproveitei a promo do dia e voltei dois dias depois para experimentar a novidade. Tem folhas, mix de grãos (incluindo lentilha, que eu não gosto), ovo cozido, presunto cru e um pedaço de abacate. Uma delícia! Mas ainda prefiro a de frango marroquino.

LI O menino no alto da montanha. Haja temática nazista neste ano! Será que eu estava prevendo que viveríamos tempos de guerra? Ele não estava na minha lista do Goodreads, mas março chegou e eu não tinha comprado nenhum livro novo, então peguei este que minha mãe leu em fevereiro. É curtinho, então achei que fosse acabar rápido, mas (mesmo com a quarentena) fui acabar só no último dia do mês. Acho que o problema é que dá raivinha do personagem principal. O menino Pierrot, filho de mãe francesa e pai alemão, sai de Paris e vai morar com a tia na Alemanha após ficar órfão. A tia Beatrix era governanta da casa (que ficava no alto da montanha) de Adolf Hitler, que acaba se aproximando da criança (agora Pieter para não enfurecer o Führer). A partir daí temos doses desagradáveis de como o doce Pierrot é levado para o mal caminho, a ponto de ignorar as cartas de seu melhor amigo judeu e maltratar os criados e Beatrix. É o tipo de livro que põe medo de se colocar um filho no mundo, fazer tudo por ele e a criatura virar um traste mesmo assim! Mas eu gostei. Caiu até uma lagriminha no final.


Aproveitem este post longo porque acho que não vou ter muito o que postar no de Abril hahaha (rindo para não chorar)!

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1 comentários

  1. Gostei bastante do artigo de hoje, sempre estou aqui acompanhando seu blog. Tenho aprendido muitas coisas legais aqui.

    Beijos 😘.

    Meu Blog: Site Dicas Free

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