O que eu assei, assisti, comi, fiz e li em junho e julho
3.8.20Comecei a escrever este post em junho e não consegui terminar. Voltava, arrumava ou incluía uma coisinha ou outra e desistia de novo. Será que era o inferno astral? Eu tinha perdido o jeito para escrever? Tinha perdido a motivação? Dias antes do fim do mês perdemos uma pessoa. Não a conhecíamos pessoalmente, mas ela estava prestes a se tornar oficialmente da família. E as perdas colocam tudo em perspectiva. Como a vida é frágil. Como a vida é breve. Ela só viveu metade dos anos que eu vivi. Quantos mais será que eu vou viver? E no final de julho mais um susto, ou quatro. Agora o oposto. Eles já viveram quase três vezes o que eu vivi. Continuam vivos, mas já não estão mais vivendo. E quem consegue escrever sobre séries, comidas e makes enquanto está pensando na vida e na morte? Não sei se consigo, mas sigo tentando.
ASSEI cookies! Segui a receita da Carol Doher e ficaram deliciosos! Infelizmente tive um probleminha causado por falta de atenção e acabei nem tirando foto deles. O outro "problema" é que eu e a minha mãe "tivemos" que devorar quase um quilo e meio de cookies em menos de 5 dias para não irem para o lixo haha.
ASSISTI a Modern Love e Little Fires Everywhere, ambas do Prime Video da Amazon, em maio. A primeira não foi para o post porque eu esqueci mesmo. É uma série de oito episódios de quase meia hora baseados na coluna semanal publicada pelo The New York Times. Meu episódio preferido foi o com o Dev Patel. Já o com a Tina Fey não foi tão bom, desperdiçaram muito tempo mostrando o casal jogar tênis. Aliás, esta história é de um ator famoso (aqui dá para conhecer os personagens reais)! É uma série gostosa para maratonar ou até assistir aleatoriamente (já que os episódios, exceto o último, não têm conexão). A segunda temporada deveria estrear nos próximos meses, mas não sei se vai atrasar por causa da pandemia.
Deixei Little Fires Everywhere intencionalmente de fora porque o post já estava longo. Mas agora até já cansei da série de tanto que a vi sendo mencionada pelos outros. É baseada no livro homônimo (traduzido como Pequenos incêndios por toda parte) de Celeste Ng. Assim como seu outro sucesso Tudo o que nunca contei (que li em janeiro), LFE é um drama familiar que aborda, entre outros temas, a pressão que os pais depositam nos filhos (e agora também a pressão de ser a mãe perfeita) e o preconceito racial (apesar de novamente ter uma personagem chinesa - assim como Celeste, o foco agora é nos negros). Uma série um pouco adulta para adolescentes mas talvez um pouco adolescente para os adultos. Ótima para os jovens como eu rs. Só não escrevi 'perfeita' porque não gostei do final. Mas vale muito assistir!
Apesar de ter demorado para gostar de The Marvelous Mrs. Maisel, entrei no clima na 2a e na 3a temporada e já estou ansiosa pela 4a. Adoro o entrosamento dos personagens e os episódios em Catskills (basicamente uma colônia de férias dos judeus) foram os mais divertidos para mim! Por falar em diversão, a minha com Friends chegou ao fim. Em maio do ano passado recomecei a série e assistia sempre que estava com meia horinha à toa. Foi muito bom rever estes amigos e rir das mesmas piadas novamente. Vão fazer falta, mais uma vez.
Mentiras Perigosas parece um filme que a Netflix lançou para bater a meta de suspenses. Só faltou o suspense. Desperados foi para bater a meta de comédias, mas, apesar de ter partes engraçadas, é tosco e super previsível. A Barraca do Beijo 2 foi para bater a meta de filmes teens que as minas de 30 continuam assistindo. Pena que eu só via o Jacob como Nate de Euphoria, não mais como Noah. E que ele parecia tão animado de estar lá quanto uma pessoa trabalhando na véspera de Natal.
Gente que vai e volta (espanhol - bem gostoso de assistir e tem um crush latino: Álex García Fernández), O outro pai (espanhol - achei más o menos) e 18 presentes (italiano - baseado em fatos reais, gostei) foram para bater a minha meta de filmes não americanos. Escritores da Liberdade (de 2007, estrelado pela Hilary Swank) é aquele clássico da professora que tenta salvar os alunos da periferia através da música e da poesia. Filme de época não é a minha praia, mas dei uma chance para Victoria e Abdul: o Confidente da Rainha já que amo Downton Abbey e comecei a gostar mais da época real após minha ida ao antigo continente. E curti! Tem história (nem sabia que a rainha teve um bff indiano!) e um pouquinho de diversão.
COMI um rodízio japonês em casa! Pedi do Oguru Sushi & Bar (não conhecia, descobri pelo Instagram) a experiência Oguru Salmão (teoricamente individual) e dois temakis. Dividi com meu pai, mas se não for pedir nenhum extra rola comer sozinho. Achei muito bom e pretendo ir ao restaurante após a pandemia. Só senti falta do guioza, que eu estava desejando mas foi trocado pelo shimeji no meu pedido. Também comi o brunch da Condimento (parecido com o que mostrei aqui, teve panqueca e french toast que não saíram na foto), que ganhei de aniversário da minha tia. Acho que nunca tinha ficado tanto tempo (seis meses) sem a comidinha de lá! E ainda pude provar o famoso bolo red velvet, que nunca tinha chamado minha atenção mas é uma delícia! A massa molhadinha deixa o bolo mais leve e o recheio de cream cheese não o deixa nada enjoativo.
FIZ uma breve viagem para Atibaia! No começo de julho fomos para as montanhas com a minha irmã e o Brucinho para deixar o ap livre para a faxineira (que não vemos desde o início da pandemia) dar uma geral. Viajar de carro era o que eu menos queria naquele momento e não achei certo nos aproximarmos da minha irmã (pelo menos usamos máscara dentro do carro) nem da faxineira (não a encontramos, mas ela entrou na nossa casa). Mas eu não tenho voz nessa casa e confesso que foi muito bom mudar de ar e entrar em contato com a natureza (só digo isso porque não encontrei aranhas nem lagartixas né).
LI O segredo do meu marido, de Liane Moriarty (autora de Big Little Lies), indicado pela Chata de Galocha. Acho que foi o primeiro livro ambientado em Melbourne e Sidney (Austrália) que li e adorei poder estar (de certa forma) lá (apesar de não ter reconhecido nenhum lugar haha). Demora um pouco para engrenar porque os primeiros capítulos são para introduzir as histórias das três protagonistas. Cecilia Fitzpatrick aparenta ter a vida perfeita (e provavelmente será interpretada por Blake Lively na adptação) mas é a que tem o marido com o tal segredo. As outras são Rachel (que trabalha na escola das filhas de Cecilia) e Tess (que no início não tem relação com as outras). Depois que elas são apresentadas e a história vai ser desenrolando fica interessante. Mas ainda bem que li no início de junho, teria chorado mais se tivesse lido depois.
Torcendo por um segundo semestre (sim, eu ainda tenho mente de estudante que considera que ele só começa em agosto) bom para todos nós!
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