Minha Relação com Atividade Física (Continuação)

9.6.16


Perdeu o começo da história? Leia aqui!

O incentivo que eu precisava veio do meu pai, que começou a correr no domingo e, após anos de sedentarismo, precisava malhar para aguentar o tranco dos vinte e sei lá quantos kms percorridos. Resolvemos ir na academia do condomínio juntos. Ela não é grande e os aparelhos não são novinhos, mas tem convênio com uma 'academia'. Um professor fica lá das 17h30 às 20h30 de segunda à quinta. Não é o preço de uma Competition, mas é bem mais do que uma Smart Fit. Mas não dá para superar no fator conveniência, né?

Me comprometi a ir duas vezes por semana porque achei que seria muito corrido ir de segunda à quinta (por causa do blog e porque eu tinha que sair voando do trabalho pra chegar na hora). Neste um ano não faltei nenhuma vez por preguiça ou por estar 'naqueles dias'. Como dizem por aí 'to pagaaando'. E eu me acho o máximo por ser tão 'dedicada'. Entre aspas porque apesar de eu cumprir com o que eu me propus, não sou das melhores alunas.


Pelo post 20 coisas que eu odeio na academia deu para perceber que não sou a maior fã. Muitas pessoas dizem que depois de três meses, vicia. Sempre achei que não tinha viciado por não conseguir chegar nos 90 dias. Mais de 365 dias se passaram e eu estou longe desta sensação de dependência de exercício físico. Não sinto meu corpo liberando serotonina, dopamina, adrenalina. Não me sinto realizada após cada aula. Não me sinto mais feliz. Nem mais forte. Não sinto o meu corpo mais tonificado. Continuo cansada de subir a rua até o ponto de ônibus. Meu pulso continua de sedentária. Continuo igual.

Vão me dizer que ir não é o suficiente. Que fazer exercício duas vezes por semana é a mesma coisa que nada. Que musculação é uma porcaria, o negócio é Cross Fit! Que não me esforço. Mas talvez seja que nem o mistério de Tostines. Eu não melhoro porque eu não me dedico? Ou eu não me dedico porque não vejo melhora? Acho que é um pouco dos dois. Ter tido seis professores no período de um ano não ajudou. A cada mudança eu sentia que estava dando um passo para trás. Ver que as meninas que estão empurrando 200kg no leg press ainda têm celulite não me motiva muito. Acho muito esforço para pouco retorno.

Não quero ser #instafit que nem a Pugliese. Não quero as coxas da Sabrina Sato. Não quero tomar whey protein. Não quero viver à base de batata doce. Não quero gastar meu salário com roupas de ginástica. Não quero deixar de ver minhas séries para ir à academia. Não quero ter que lavar o cabelo todos os dias. Eu só não quero ser sedentária. Ok, também seria legal se a minha coxa não fosse tão molenga. Mas é o que tem pra hoje! É o que o meu corpo e a minha mente me permitem hoje. E espero não ser massacrada pelos #instafits por ter mais de 20% de gordura corporal e por não postar fotos na esteira às cinco da manhã. Também espero não voltar à estaca zero quando sair da academia (vou ficar alguns meses sem me exercitar por questões médicas). E que encontre forças do além para voltar com tudo. Afinal, os 30 estão chegando...


E vocês? Têm uma boa relação com atividade física? Ou estão no mesmo barco que eu?

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